segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Olhar Retirante Servindo à Noite e aos Berços das Árvores


Do profundo de uma língua extinta
ao vasto da estrela morta.

Estudamos a noite
como se ela fosse o campo da nossa horta.

Como se plantássemos sonhos com hora marcada para nascerem.

E nascem
de cesariana durante uma noite de tempestade.

Acredito nos sóis e nos genes e no que vi pelos olhos dos outros.

Na noite comercial;
no supermercado 24 horas;
nas árvores que apanham nos berços;
no retirante que nunca vai embora.

Acreditamos no um dia a menos.
Um a menos em frente à mira.
Retirante é o que aqui não mora.
Retirante é o que se retira.

Juliana Tessaro
***

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