sexta-feira, 24 de maio de 2013

Mu Cephei


Morrer poderá aquele que já morreu?
Poderá perder-se o fantasma entre as sombras da sua própria noite?
Como a sorte atuou enquanto ele viveu?
Rodopia a sorte em minha órbita, os escombros de um satélite.

Seria ele um encanto ou um enfeite?
confeito do bolo que gira em torno da vela

se apaga um dia num espasmo um dia no espaço
e assisto hoje a morte daquele que já morreu
e perde-se o fantasma em sua noite em sua sombra
e na poeira que hoje é o que um dia foi a sua obra
perde-se o encanto o bolo e o enfeite
e apaga-se a vela

Juliana Tessaro
***

5 comentários:

  1. Acho q cada poesia como essa é um lampejo desesperado de uma vela q ainda queima.

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  2. Quantos de nós não morremos e renascemos todos os dias, além de nos perder em nossa própria escuridão? É belo, é rítmico... é digno dos grandes poetas. Um dos meus preferidos!

    Ps: E parabéns pelo novo layout.

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  3. Hummm... interessante... muito bom... interessante...

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  4. Que comentário é esse? hahahahaha Muito besta!

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