Mate o poeta
de liras camufladas,
de surtos de inverno
e deita as palavras
e deita as palavras
em leito eterno!
Mate o poeta
que se diz amante,
de palavras não polidas
que cortam a garganta
quando são engolidas.
Mate o poeta
que ao desejar o sonho
envolve-se em maldizer
e torna-se descarado
só por ser.
Mate o poeta
que fura os olhos do leitor
e o faz sangrar em lavas.
Mate o poeta
que mata as palavras.
Mate o poeta
que se diz amante,
de palavras não polidas
que cortam a garganta
quando são engolidas.
Mate o poeta
que ao desejar o sonho
envolve-se em maldizer
e torna-se descarado
só por ser.
Mate o poeta
que fura os olhos do leitor
e o faz sangrar em lavas.
Mate o poeta
que mata as palavras.
Juliana Tessaro
***
***