quinta-feira, 10 de maio de 2012

Exílio


É isso que sinto no momento, nem precisei escrever meu próprio poema...


UMA CANÇÃO
Minha terra não tem palmeiras...
E em vez de um mero sabiá,
Cantam aves invisíveis
Nas palmeiras que não há.

Minha terra tem relógios,
Cada qual com sua hora
Nos mais diversos instantes...
Mas onde o instante de agora?

Mas onde a palavra "onde"?
Terra ingrata, ingrato filho,
Sob os céus da minha terra
Eu canto a Canção do Exílio!

         Mario Quintana


2 comentários:

  1. Belo poema. Santo Agostinho dizia q o futuro ñ extiste, existirá... Dizia q o passado tmb ñ existe, existiu... Sendo assim, só existe o presente. Mas q presente é esse, o dia de hoje, esta hora, este minuto? Msm com medididas pekenas como esta última ñ podemos falar em presente, pois neste minuto emos os segundos q já passaram e os q ainda estão por vir. Logo, para Agostinho, o agora ou presente ñ passa de um instante anacrônico onde o futuro se torna passado. Como viver o tempo q ñ existe? É, acho q é por isso q cada relógio tem sua própria hora.

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  2. Acho que mais do que tempo o que me deixa mal é o espaço...essa coisa de se sentir exilado na própria terra....São Paulo está me deixando mal.

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