quarta-feira, 25 de abril de 2012

Fernanda

Não publico os meus, mas sim os dela.


Ouço passos...
Mas, não posso ver
Quem está ai?
Sei que o conheço
Mas ainda não consigo ver
Quem está ai?
Sua mão quente toca minha pele fria
Dou um salto!
suspiro...
Só vejo uma sombra
Ele não tem identidade

Fernanda Tessaro
***

5 comentários:

  1. A Fê tá mandando bem nos versos, parece ter herdado os mesmos talentos da irmã. A poética é uma tradição familiar? Quanta ambiguidade... Que tipo de personalidade tem o incógnito mão-boba, rs? Esse toque, trata-se de uma carícia ou de uma agressão? Isso foi sonho ou pesadelo? Que tipo de sentimento desperta, desejo, medo... ou um misto dos dois?
    A arte é uma criação declarativa da subjetividade humana. Onde está a sua Juliana? - Este é seu espaço! Jamais abandone a prática, serve de catarse... Embora ñ resolva conflitos, produz alívio parcial. Deixe o mundo objetivo prestigiar sua habilidade feminina de "transformar uma gota d'água num oceano", vai se sentir melhor.
    Bjs.

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  2. Gustavo, sempre que leio os seus comentários me assusto com toda essa informação e sua forma PECULIAR de interpretação.rsrs
    Não gosto de explicar versos, nem de postá-los pois sempre querem explicações, sei que vc não pediu tbm, mas... queria que tivesse sido um pesadelo, Morpheu ficaria triste tbm se um bom amigo demostrasse todo o calor do seu amor, com a certeza cega de que estava sendo correspondido, quando eu só poderia responder com um frio sorriso de quem não quer acreditar nessa nova identidade. Tudo muda.

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    1. Nossa Fê, como vc cresceu! Realmente ñ é mais aquela garotinha pentelha q me fazia rir qnd eu era adolescente... rs! Agora saquei a dicotomia calor/frio, eu te entendo, já passei por isso tmb... Ñ sei se foi a primeira vez pra vc, mas garanto de q ñ será a última - algumas experiências são únicas, mas certos episódios da vida se repetem... No meu caso tem sido como um disco riscado e "eu ñ sei pq sou tão estupidamente frio, ñ sei pq isso me machuca", mas siga em frente, qm sabe um toque certo no momento certo ñ aqueça a sua pele.
      Bjs.

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  3. Ah Gustavo, é q vc não me conhece...rsrs Não mudei nada, continuo boba, mais do que nunca, uma boba consciente de todas as bobeiras.
    Sabe, alguns dias já se passaram após este fatídico acontecimento, pensando bem acho que a vida sempre será assim "sonhos e pesadelos", o tempo todo. Como diz o Sheakzinho; Cheia de som e fúria não significando nada. Esse meu amigo vai ficar bem, não sou fria... as palavras que são e quando só temos palavras pra oferecer, fica tudo assim, frio. Se isso que acontece com vc dói, é pq algo te atravessa e te faz sentir, não é frio, pelo contrário. (Não sei se a conclusão do raciocínio faria algum sentido) Bom acho q são as feridas da vida que me fazem correr pra arte, escrever, encenar, criar, infelizmente o meu sangue é quente d+, sinto d+ e me machuco d+. E vc, ainda escreve? Vc seria um ótimo dramaturgo, eu me lembro dos seus textos.

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  4. Como assim "continuo boba"!? Se há uma coisa q vc nunca foi é boba... só pentelha, rs! Bom, extraí a metáfora da frieza do seu próprio poema e comentário. Mas a ambiguidade dessa figura de linguagem parece ter te dado margem a uma segunda interpretação... A frieza nunca é absoluta Fê, enquanto o coração bate emana algum calor. Os versos q citei são parte de uma música do Korn chamada "Trash". As palavaras ñ passam de símbolos e sons, parecem frias mas expressam os sentimentos q o locutor declara, sem correspondência são significantes sem significado, tal como os sentimentos ñ expressos são significados insignificates... Às vezes realmente ñ há mais nada para oferecer. Quanto à sua pergunta: Ñ tenho escrito mais nada além de artigos e textos científicos. Me sinto lisonjeado pelo elogio, mas a dramatogia seria apenas segunda opção, minhas prioridades ñ estão num palco ou num estúdio criativo, mas num laboratório... Chega de sonhos e pesadelos, para q os artistas possam dormir com segurança, algém tem de ficar acordado pra fazer guarda - é a realidade, rs! Se continuar no caminho, tem tudo pra se tornar a dramaturga q eu ñ serei. Boa sorte Fê!

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